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terça-feira, 29 de novembro de 2011

26º FESTA DA LAVADEIRA




















Em atenção ao questionamento de nossa amiga Luma Rosa, cá estão as novas sobre a luta contra o fechamento da Praia do Paiva, por alguns especuladores imobiliários, e em favor da permanência da Festa da Lavadeira, no mesmo local em que vem sendo realizada há 25 anos. Seus realizadores acabam de conseguir a aprovação dos recursos federais, baseados na Lei Rouanet. É a vitória da resistência popular sobre o "neocoronelismo".



Nº Projeto113622


Nome do Projeto: 26º FESTA DA LAVADEIRA

Patrimônio Cultural Segmento: Cultura Afro Brasileira
Processo140000.840620/11-51
Mecanismo: Mecenato Enquadramento
Artigo 18 (100%)
Situação do Projeto
Autorizada a captação total dos recursos Providência Tomada
Abertura de conta bancária bloqueada em 15/07/2011

Síntese do Projeto
Realizar o evento 26ª Festa da Lavadeira, composto por apresentações de grupos de cultura popular e de cultura negra, em 04 palcos, na cidade de Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco, no dia 1º de maio de 2012, totalizando a apresentação de 48 grupos culturais, em 48 shows.

Postado por Festa da Lavadeira às 19.7.11

P. S.: não é contra a Prefeitura, essa luta. É contra meia dúzia de gente com sobrenome famoso, que ainda pensa como no tempo das sesmarias. rsrsrs


Fonte do texto em negrito:
http://festadalavadeira.blogspot.com/

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

FESTA DA LAVADEIRA - ONU pede explicações ao Governo Brasileiro

Despacho sobre violação dos Direitos Culturais em Pernambuco -

O Alto Comissariado das Nações Unidas - ONU - pede explicações ao Governo Brasileiro sobre a alegação de violação dos Direitos Culturais na Festa da Lavadeira pelos empreendedores do projeto imobiliário da Reserva do Paiva.

É importante a divulgação pública desta comunicação internacional para que fiquemos atentos aos novos passos dos que querem a todo custo inviabilizar e interferir na Festa da Lavadeira sem qualquer propósito.

Esta é mais uma ação em defesa da nossa cultura, independência e liberdade de expressão. Temos verdadeiro orgulho de sermos o que somos, e vamos mostrar para o mundo nossa história verdadeira, nossa identidade cultural construida até a data de hoje no "abafa banana", mas este tempo há de mudar, e sermos cada vez mais protagonistas da nossa história.

Nesta iniciativa agradecemos o apoio do amigo e Deputado Federal Fernando Ferro, Fundação Palmares e ao GAJOP (Grupo de Apoio Jurídico as Organizações Populares).

A resistência é contínua. Vamos em frente!!!




Fonte da notícia:
http://festadalavadeira.blogspot.com/2011/06/despacho-sobre-violacao-dos-direitos.html

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

A ERA PÓS-GUTENBERG




Escrito em bits

  (Por Carlos Rydlewski, Rafael Barifouse e Alexandre Teixeira)
excerto de Época Negócios  em 04/03/2010


 
Estamos no ano 2050, na metade do século 21. Com surpresa, um grupo de crianças numa escola escuta o seguinte relato. No passado, descreve o professor,os homens usavam extensas porções de terra para plantar florestas. Após sete anos – mas esse prazo poderia ser três ou quatro vezes maior –, a mata nesses locais era derrubada e suas toras, transportadas por centenas de caminhões até grandes usinas. Ali, produzia-se um artigo chamado papel. Disposto em bobinas, esse produto atravessava o mundo em porões de navios. A viagem só terminava em amplos parques gráficos, onde, embebido em toneladas de tinta, era usado para a produção de jornais, revistas e livros. Essas publicações também passeavam bastante. Impressas, embarcavam em aviões, caminhões, peruas, bicicletas ou mesmo em sacolas até a porta da casa dos consumidores. E um detalhe: no caso dos jornais, toda essa imensa engrenagem era movida para a divulgação de notícias do dia anterior. Era como continuar a erguer um palácio, mesmo enquanto o rei era deposto. No dia seguinte, tudo recomeçava.

De volta ao presente. Não é preciso esperar quase meio século, ou ser um integrante da geração “Y²” (um nativo digital do futuro), para se espantar com a descrição desse processo produtivo. Mas o mundo exposto no parágrafo anterior está entrando em estado de ebulição – ainda que sua percepção seja incipiente. Vivemos, hoje, no limiar de uma era pós-Gutenberg. Toda a tradicional estrutura do que se convencionou chamar de “mídia impressa” tem sido avidamente subvertida pelos novos meios de produção da era digital. O que era feito em átomos passa a ser executado – e transportado – em bits, a menor unidade de informação que habita um computador. Essa mudança é o tema central desta reportagem, não somente por seu interesse intrínseco, mas, principalmente, pelos desafios e pelas novas oportunidades de negócio que já começa a engendrar. Leia mais aqui.

domingo, 1 de maio de 2011

Reflexões de um Guarda-chaves (parte 1)




















Capítulo XXII




- Bom dia, disse o príncipezinho.

- Bom dia, respondeu o guarda-chaves.

- Que fazes aqui? Perguntou-lhe o príncipezinho.

- Eu divido os passageiros em blocos de mil, disse o guarda-chaves. Despacho os trens que os carregam, ora para a direita, ora para a esquerda.

E um rápido iluminado, roncando como um trovão fez tremer a cabine do guarda-chaves.

- Eles estão com muita pressa, disse o príncipezinho. O que é que estão fazendo ?

- Nem o homem da locomotiva sabe, disse o guarda-chaves.

E trovejou, em sentido inverso, um outro rápido iluminado.

- Já estão de volta? Perguntou o príncipezinho...

- Não são os mesmos, disse o guarda-chaves. É uma troca.

- Não estavam contentes onde estavam?

- Nunca estamos contentes onde estamos, disse o guarda-chaves.

E um terceiro rápido, iluminado, trovejou.

- Estão perseguindo os primeiros viajantes? Perguntou o príncipezinho.

- Não perseguem nada, disse o guarda-chaves. Estão dormindo lá dentro, ou bocejando. Só as crianças esmagam o nariz nas vidraças.

- Só as crianças sabem o que procuram, disse o príncipezinho. Perdem tempo com uma boneca de pano, e a boneca se torna muito importante, e choram quando a gente toma...

- Elas são felizes... Disse o guarda-chaves.



http://www.cirac.org/Principe/Ch22-pt.htm

quarta-feira, 6 de abril de 2011

CINZAS DO ALCORÃO E DOS SONHOS...















A vida não se acaba
apenas quando o esquife é engavetado
ou quando a última pá de terra é lançada...

Vinha pensando por esses dias nos sonhos
que eu acalentava aos 17 anos.
Eu acabara de ler a série engajada do Jorge Amado.
Fiquei vidrado no Terras do Sem Fim,
Fiquei fascinado pelo Seara Vermelha!
E lembro que disse ao primo Zeca,
com a típica presunção dos adolescentes:
Eu sou capaz de escrever algo assim,
tendo como cenário o Recife.
Era a idéia de meu interminável romance Pina,
que ainda rola por aí,
com o esquisito nome de Bóstrix N’água.
Era um tempo de mudanças.
De esperança.
Danei-me então a compor canções ao violão.
Claro que ao modo do Quinteto Violado.
Eu tinha os meus modelos.
E cometi dezenas de poemas de versos livres,
como os que encontrei no Pessoa, no Drummond... no Jorge de Lima...
Mas a vida não era tão bela assim.
Um dia, em uma profunda crise existencial
(que se chamava “grilos”, naquele tempo ),
portanto, “grilado” com a vida,
eu queimei todos os meus manuscritos,
exceção de um que havia sido emprestado a um amigo,
e, assim, salvou-se do incendiário.

Mas, como eu vinha dizendo,
a vida se acaba bem antes do esquife enfeitado por flores.
A vida tem fim quando um homem deixa de sonhar.
Quando não mais acredita em seus projetos de futuro.
Quando desiste das lutas políticas,
das lutas amorosas,
das lutas, enfim.
Eu ando morrendo por esses dias.
Morrendo aos poucos.
A cada dia morre um sonho e eu com ele.

(Ainda me resta essa blogosfera, essas publicações de diletante,
essa brincadeira virtual.
Esse restinho de sonho, em doses homeopáticas...)

Mas não sobreviverei a esse tempo.

Eu, que aos dezessete anos aprendi a cantar o PACEM IN TERRIS,
canção de protesto do meu amigo Maurício Tavares de Aquino, o Babá,
grande compositor de baladas cheias de fé na humanidade,

Eu, que acreditava que a fraternidade era possível,
e que a civilização rumava para a paz universal...rsrs

Não sobreviverei a esse tempo.

Como posso sonhar com o futuro,
vendo as coisas que vejo nas ruas daqui e de alhures.
Aqui os mais jovens morrem de overdose de crack
ou de suas dívidas, cobradas sempre à bala.
Eu os vejo da minha janela.
São os amigos de infância de meus filhos.
Uns são os algozes, os que são funcionários do traficante,
outros, as vítimas, os que sucumbiram às drogas
e não tem como pagar o que consomem.

Eu queria dizer-lhes algo.
Eu queria lhes falar que a vida é possível.
Que tudo irá mudar.
Começo a ensaiar um discurso pragmático, pra lhes dizer
que seria melhor usar uma droga lícita, ter outros prazeres, namorar
(os drogadinhos não têm tempo, nem forças para uma vida sexual),
quem sabe uma casa, um carro, ter saúde e alegria de viver.

Eu tento sonhar e estar vivo,
eu preciso acreditar que é possível mudar esse estado de coisas.

Então, ligo a televisão, e o que vejo?
Um líder religioso, na nação mais poderosa do mundo ocidental,
pasmem!,
a queimar o livro sagrado dos maometanos.
Um seguidor do homem mais amoroso que já pisou neste planeta,
a queimar um livro sagrado de outra religião!
Pior: a dirigir anátemas contra aqueles que não seguem a Bíblia dos cristãos.
Esse pastor é cidadão da nação
que tem os maiores centros de ciência do mundo,
as melhores escolas, a melhor qualidade de vida,
o melhor do melhor.
A nação que deveria ser modelo de civilização.
Mas, infelizmente, ele é o modelo, sim,
de uma civilização decadente e agonizante.
De uma civilização de surdos e cegos,
no pior sentido dado a essas palavras.
Surdos que não querem ouvir e cegos que odeiam ver.
A não ser que estejam diante de um espelho.

E agora:
o que vou dizer aos drogadinhos da esquina?
Que mundo eu vou lhes mostrar
para que eles se interessem em ficar sóbrios.
O pastor protestante queima o Corão,
como um dia o Papa queimou bíblias
traduzidas do latim para outras línguas.

E, de repente, surge na TV a imagem do ataque
aos funcionários da ONU, no Afeganistão.
Já não se destruirão torres.
Ambos os lados hão de matar os anônimos servidores da paz.

O desamor é via de mão dupla.
E o desamor fundamentado na religião,
na intolerância religiosa,
é uma imensa e louca rodovia
em que motoristas fanáticos pilotam seus carros na contra-mão,
em altíssima velocidade.

Eu quero sonhar, apesar desse mundo de loucos.
Eu quero sonhar.
Eu quero acreditar em um mundo melhor.
Mas os alicerces dessa civilização são grandes equívocos:
São simulacros de fé, em vez de fé.
São aparência de amor, em vez de amor.
São dessonhos.
São desesperanças.
São um milenar e arraigado desamor.
A civilização dos gregos, dos romanos, dos egípcios, dos persas,
toda essa história de guerras e de desamor
nos mostram as suas ruínas.
Agora há pouco, a URSS... fragmentou-se: sonho frustrado universal.
E em breve, USA e CHINA... dois bastiões do desamor, gerarão mais uma crise perversa e necrófila.

E eu devo admitir para os drogadinhos da esquina,
que foi essa civilização sem amor
que lhes ofertou o crack,
ao inventar a cocaína.
Depois das duas drogas, resta-lhes a ruína.

Por isso já não tenho mais como lhes falar de sonho.
Tragam-me flores, coroas de flores...
Perdoem-me, os otimistas,
mas meu sonho acabou.
No meu epitáfio quero que escrevam:
"Sr. Fulano de Tal.
Tentou inutilmente sonhar."



Eurico,
perdoem-me os senões e o desabafo.

quarta-feira, 9 de março de 2011

MOMO, NOEL, SACIS E CRIANÇAS...






Partindo da falsa premissa de que Momo, um deus pagão, é quem arrasta as multidões no carnaval, muitos religiosos declaram o apocalipse, o armagedom e outras escatológicas hecatombes universais, como punição aos festejos que hoje findam. (Findam mesmo?)


Para os que brincam, como eu, de forma lúdica, pueril, sem dor de consciência, sem maldade ou violência; para os que levam suas crianças, cheias de encantadora alegria, para os pólos infantis; para os foliões de alma pura e serena, eu lhes confirmo o óbvio: Momo é pura fantasia.


Brinquei e creio ser essa a mais saudável forma de viver essa festa: brincar. Tenho pena dos superegões empedernidos, que ficam a tentar nos tolher, nos castrar, acenando com a ira divina. São eles os mesmos que endeusam o Papai Noel em plena festa dedicada ao Menino Jesus. E eu vos digo que Momo nem chega perto do Santa Claus, em matéria de ibope. Noel sim, é uma doideira. Uma carnavalização da festa cristã, baseada numa lenda que rouba toda a atenção que deveria ser do aniversariante.


Essa postagem vai endereçada aos que vivem de mau-humor, aos que não sabem mais brincar como crianças, ou que talvez nunca tenham brincado na vida.
Vai mesmo para os muitos desavisados que acreditam que Momo é mesmo um deus e que existe ou existiu. Façam-me o favor. Momo é tão real quanto o Curupira ou o Saci-pererê. E tão inofensivo quanto as fadas e gnomos ou outros da espécie. Zeus, Hércules, Afrodite, e todo o panteão das “divindades” gregas, não passam de produtos da imaginação fértil ou das crendices e superstições daqueles povos.


Se alguns não podem brincar, por determinação médica, religiosa ou de outra natureza qualquer, guardem seus temores em seu próprio coração.


Não por acaso, um filósofo que questionava os pilares de nossa cultura ocidental, fez uma analogia interessante, entre o dever do camelo, o querer do leão e a inocência da criança. Grosso modo, ele anunciava o advento da criança como a condição para a transvaloração dos valores da nossa civilização. Lembra um pouco aquele “quem não se tornar como uma destas crianças não entrará no reino dos céus”, não é mesmo? A criança livre de todas as nossas ridículas crendices e lendas. A criança pura e plena. Sem medo do armagedom e sem pecado original. A criança e só.


Pois bem, brincar, brincar e brincar, com a ingenuidade das crianças. Eis a questão. Pular frevo, dançar samba e maracatu. E sem nenhuma crise de consciência. Afinal, Momo e Papai Noel são primos-irmãos de Hamlet, do Quixote e da Cuca, são filhos da louca da casa, fantasmagorias, criações da imaginação rsrsrs







Fonte da imagem:
http://afraniosoares.blogspot.com/

domingo, 6 de março de 2011

Bloco Pirilampos de Tejipió, depois do incêndio.

Imagem PE360graus - 10/08/2010




Os bombeiros combateram um incêndio no bairro da Boa Vista, área central do Recife, na madrugada desta terça-feira (10). O fogo atingiu a garagem de uma casa, que fica na rua Padre João Ribeiro. Fantasias e adereços do bloco Pirilampos de Tejipió foram destruídos.

O presidente do bloco, José Dias dos Santos, mora no primeiro andar da casa, que não foi atingido pelo incêndio. Em poucos minutos, o fogo destruiu o carro da família e tudo o que estava na garagem, inclusive as fantasias e os adereços do bloco.
Fonte da notícia:
http://pe360graus.globo.com/noticias/cidades/acidente/2010/08/10/NWS,518515,4,94,NOTICIAS,766-INCENDIO-DESTROI-FANTASIAS-ADERECOS-BLOCO-PIRILAMPOS-TEJIPIO.aspx



No carnaval do ano passado, eu vi Pirilampos de Tejipió. Fiquei muito desolado com aquela cena tão triste. Aquele bloco afamado, evocado por Edgard Morais, em seu frevo "Valores do Passado", passou sem brilho pela Praça da Várzea. Nós, do bloco Flores do Capibaribe, que estávamos ali só pra vê-lo passar, quase entramos na passarela para ajudar os Pirilampos. Foi uma consternação geral.  Era o Pirilampos resistindo ao incêndio em sua sede, e vindo às ruas do jeito que deu. Valeu pela resistência!


Pra quem não sabe, Pirilampos foi criado pelo mesmo organizador do Apois Fum, o jornalista, Guilherme de Araújo. E, dos dois blocos antigos, por ele criados, Pirilampos é o único que resiste até hoje. Sua sede já não é no distante subúrbio de Tejipió, mas no centro da cidade, no Bairro da Boa-Vista, onde se deu o incêndio, ano passado.
É preciso que se faça um movimento político-cultural para cuidar dos blocos centenários dessa cidade. Batutas de São José enfrenta uma difícil crise, com questões trabalhistas de gestões passadas atravancando sua vida. Inocentes e Madeira, ambos do Rosarinho, ninguém mais viu?
Por isso, a comunidadade dos amantes dos blocos líricos precisa fazer pressão junto aos órgãos públicos da cultura. Providências urgentes devem ser tomadas, em prol da preservação dessas agremiações, que fazem o que há de mais poético (e pacífico) no carnaval em Pernambuco.


O Governo do Estado tem ajudado os times de futebol, com o Programa Todos com a Nota. Por que uma fatia dessa verba não é destinada ao carnaval das pequenas troças, maracatus, bois-bumbás, laursas e blocos líricos, principalmente aos mais antigos e tradicionais, que sobrevivem da ajuda de uns poucos abnegados?


Deixo o meu apelo por essas humildes agremiações populares, que fazem o verdadeiro carnaval de rua de Pernambuco. São elas que trazem a diversidade de ritmos e de cores, de cultura, que fizeram a Prefeitura do Recife, em lance de marketing, denominar o nosso carnaval de multicultural. Multiculturais sempre foram todas as manifestações da gente pernambucana. Da música aos folguedos. Da fé ao carnaval. 
Sem essa diversidade de grupos populares morreriam os brincantes, morreriam as tradições e nos restariam apenas o ribombar dos trios elétricos, que hoje invadem a cidade, com música ruim e sem as autênticas raízes pernambucanas.
Salvemos os genuínos blocos líricos e as nossas troças e clubes de carnaval, expressões ancestrais de nossa cultura e de nossa identidade!