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sábado, 18 de julho de 2009

Dom Fernando Saburido, teu povo te espera!























Não sou religioso. Nem gosto de religião, se querem saber. Calma! Não gosto das instituições, mas sou fã ardoroso dos que vivem o evangelho do Cristo. E isso é diferente de professar algum credo. Vide Betinho, o ateu mais santo que conheço nessa pátria. Bem, sou recifense/olindense pois nasci numa e adotei a outra como mãe de leite, rsrsrs. Amo o povo daqui, com suas esperanças, suas carências, seus pecados e vícios, sua humanidade. Não tenho nada pessoal contra o bispo que se vai, e já vai tarde. Ainda bem que ele não pode me excomungar, pois fiz isso bem antes dele. Mas tenho tudo a favor do novo bispo que irá assumir a Arquidiocese (toc toc toc, três toques na madeira pra o Bento XVI não mudar de idéia). E já lhes explico a razão da minha simpatia pelo Dom Fernando Saburido:
Tempos atrás acompanhei a Procissão dos Passos, em Olinda. O interesse não era religioso, mas histórico. Minha namorada, hoje companheira, queria fotografar os nichos da cidade, que só são abertos nessa procissão, para um trabalho da faculdade. Bem, em cada nicho a procissão dá uma parada, abre-se a portinhola do altar e acontece uma espécie de homilia. Foi aí que fiquei fã do homem. Foi quando o ouvi pregar o evangelho. Falou de um tudo, desde a questão indígena, até a violência urbana. Desde a mídia alienante até as cantigas de roda com frases indutoras da violência. Exemplo: "atirei o pau no gato, mas, o gato não morreu." Baseado nessa cantiga de roda o então bispo auxiliar fez uma prédica sábia e fácil de entender. Nada de legalismos, nada de citar o direito canônico, nada de excomunhões e outras coisas que nos lembram o nefasto Santo Ofício, que de santo só tinha o nome. Soubemos pelo povo, que o bispo auxiliar estava de partida pra ser Arcebispo de Sobral, no Ceará. Eu então vaticinei, entre goladas espumosas de cerveja com a namorada e dois amigos, no fim da tarde olindense, (claro que depois da procissão, né?). Eu disse: esse cara ainda vai ser o nosso Bispo. Os amigos, cujo casamento tinha sido oficiado por ele, quando ainda padre da paróquia de Ouro Preto, bairro pobre de Olinda, disseram-me que isso seria uma benção de Deus. Taí, gente. Taí, Murillão. Taí, Luciane (são dois "taís" pq hoje estão divorciados). Taí povo do Recife e Olinda! Nem a Copa de 2014 será tão importante pra nós do que a vinda do Dom Fernando Saburido para a Arquidiocese de Olinda e Recife.

Dom Fernando, receba o meu abraço fraterno!
Sua missão é difícil, pois a obra de Dom Hélder precisa ser restaurada!

(Quem sabe se o senhor aqui estivesse, até teria evitado o divórcio dos meus amigos) rsrsrs, brincadeirinha...

E, pra finalizar, repito os versos do Chico, Vinicius e Garoto:
"e eu que nem creio peço a Deus
por minha gente,
é gente humilde..."

E canto com o Roberto:
"aleluia, aleluia
em tudo isso tem a mão de Deus."

(Ufa! Já não agüentava mais a alma formalista e rígida do Bispo que se vai...)

Fonte da imagem:
Blog Jamildo (da próxima vez encontro o Bispo com roupas rubronegras rsrsrs)

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