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domingo, 1 de maio de 2011
Reflexões de um Guarda-chaves (parte 1)
Capítulo XXII
- Bom dia, disse o príncipezinho.
- Bom dia, respondeu o guarda-chaves.
- Que fazes aqui? Perguntou-lhe o príncipezinho.
- Eu divido os passageiros em blocos de mil, disse o guarda-chaves. Despacho os trens que os carregam, ora para a direita, ora para a esquerda.
E um rápido iluminado, roncando como um trovão fez tremer a cabine do guarda-chaves.
- Eles estão com muita pressa, disse o príncipezinho. O que é que estão fazendo ?
- Nem o homem da locomotiva sabe, disse o guarda-chaves.
E trovejou, em sentido inverso, um outro rápido iluminado.
- Já estão de volta? Perguntou o príncipezinho...
- Não são os mesmos, disse o guarda-chaves. É uma troca.
- Não estavam contentes onde estavam?
- Nunca estamos contentes onde estamos, disse o guarda-chaves.
E um terceiro rápido, iluminado, trovejou.
- Estão perseguindo os primeiros viajantes? Perguntou o príncipezinho.
- Não perseguem nada, disse o guarda-chaves. Estão dormindo lá dentro, ou bocejando. Só as crianças esmagam o nariz nas vidraças.
- Só as crianças sabem o que procuram, disse o príncipezinho. Perdem tempo com uma boneca de pano, e a boneca se torna muito importante, e choram quando a gente toma...
- Elas são felizes... Disse o guarda-chaves.
http://www.cirac.org/Principe/Ch22-pt.htm
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Um comentário:
Quanta ternura e beleza tem este conto!
Os meus sinceros parabéns.
Abraço amigo
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